Hoje, enquanto assistia ao filme Miss Potter, não pude deixar de lembrar como eu gostava de desenhar quando criança. Acho que posso dizer que tinha mesmo um dom de ampliar e reduzir imagens no papel. Eu não as criava, mas podia reproduzir praticamente tudo que me caísse às mãos. Passava horas desenhando, dando vida aos meus desenhos com a alegria dos lápis de cor...
Os desenhos estavam comigo em praticamente todas as minhas horas livres. Mas, obviamente, não tinha nem um milésimo do talento daquela que se tornou a maior escritora de contos infantis de todos os tempos, Miss Potter. E também não lembro de, assim como ela, conversar com meus desenhos (minha imaginação não era tão livre assim).
Como a vida das crianças é delicada!
O bom disso é que não joguei fora todos os meus desenhos. Guardo ainda grande parte deles junto com tantas outras coisas que a gente coloca no topo do armário e leva séculos pra ver de novo. Hoje, depois do filme, fui atrás e advinhem? Descobri desenhos desde 1988 (eu tinha de 11 pra 12 anos, pois nasci em dezembro). Descobri também que continuei desenhando até meus 16, 17 anos... demorou, mas acabei parando. Afinal, um dia a gente cresce mesmo, né? Mas gostei de rever tudo isso. E gostei de assistir Miss Potter.
Qdo a gente chega aos 30 e uns começa a resgatar coisas que deixamos pelo caminho. Acho que esse blog faz parte do meu resgate pessoal. Ele me permite pensar sobre o que passou sem temer o que está por vir. É um exercício muito bom pra alma e fico feliz em partilhar esses pedaços de memória com meus poucos, mas queridos, leitores.
E vc, que está lendo agora, que tal parar um pouco e experimentar esse mergulho nas lembranças que ficaram escondidinhas ai, no escaninho da sua memória? Faça isso e depois me conte.
Pra quem ficou curioso sobre o filme, achei o trailer no You Tube (só precisa ter paciência pra esperar carregar o vídeo, mas vale a pena). Enjoy!
Boa noite!
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