quarta-feira, 21 de abril de 2010

Como é o seu céu???

Quem lê o blog já sabe o quanto eu sou fã de uma série de TV chamada Supernatural, que está na 5ª temporada no canal Warner (44, da Sky). No episódio da semana passada, os protagonistas foram assassinados (calma, não foi pra valer) e foram parar no céu. Mas o céu deles não tinha nada a ver com a visão normalmente associada ao tal paraíso para onde as almas dos cristãos sonham em ir. Nada de bosques floridos, espíritos vestidos de branco, com uma luz ao redor, parques tranquilos que se estendem até além do horizonte. Não, lá, não havia UM céu, mas vários. Pela teoria, cada um, ao morrer, vai para o seu céu particular formado pelos melhores momentos que viveu na terra. É como se cada pessoa fosse dona de uma cidade e as cidades, juntas, formassem o tal "país" que é o céu. No seu céu, vc só deixa entrar quem vc quer. Quem tem algo em comum, se junta e, se o paraíso pra vc é um show de rock, então, meu caro, se prepara para passar a eternidade mergulhado em música da pesada.
Adorei a ideia desse céu e quis dividir com vcs. É ou não é melhor que o marasmo dos campos infinitos com anjos tocando harpa?
O fato que é que nessa temporada cada episódio faz referência a um trecho do Apocalipse e, quem já passou os olhos nessa parte da Bíblia sabe que é um prato cheio de desgraças, mostradas de uma madeira bem peculiar pelo pessoal que fez Supernatural. Recomendo a série, sempre! Pena que está no final.
No link abaixo, vcs podem ver um resumo da 1ª temporada, pra não estragar as supresas das outras.
http://www.youtube.com/watch#!v=yvbjrdF8WNY

terça-feira, 20 de abril de 2010

Foi apenas um sonho


Dia desses parei para assistir o filme Revolutionary Road, de Sam Mendes (o mesmo diretor de Beleza Americana), que no Brasil ganhou o delicado título de "Foi apenas um sonho". Sou meio suspeita pra falar porque a protagonista é a Kate Winslet - que eu acho uma das melhores atrizes dessa geração de Hollywood. Mas não tenho dúvidas: vale a pena assistir. Não esperem um romance. Trata-se de drama puro. É uma película que critica o tal "american way of life" e mostra como a vida de um casal cheio de sonhos, de repente, se torna acomodada e vazia. Pior, mostra como tentar sair dessa "zona de conforto", estabelecida ao longo dos anos, pode se tornar um desafio diante das próprias barreiras que colocamos no dia a dia. O filme fala de sonhos, mas, principalmente, de frustrações. É uma história triste, daquelas que estão na minha lista particular de filmes para se ver uma única vez (junto com O pianista, Marley e Eu, Irreversível - este pela extrema violência -, entre outros), mas deve ser visto. O roteiro está longe de ser perfeito(tem alguns buracos, principalmente quanto aos filhos do casal), mas a atuação da Kate... maravilhosa! Fica a dica! Só pra constar, melhor que "Foi apenas um sonho" é "O leitor", também com a Kate, lançado no mesmo ano, 2008. Ótimo!!!

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Saramago

Estava devendo um post sobre o livro Todos os Nomes, do escritor português José Saramago. Então, vamos lá:

Definitivamente, este não é um livro que você lê de cabo a rabo num estalar de dedos. É preciso ter muita paciência e até uma certa força de vontade para ultrapassar as primeiras páginas e ver tudo de bom que o livro tem a oferecer.
Mas vale a pena se aventurar com o Sr José, um simples auxiliar de escrita - cargo mais baixo da Conservatória de Registro Civil, onde a história de todos os cidadãos começa e, fatalmente, termina.
Apesar da função que ocupa, o Sr José é o típico operário padrão. Um homem de vida simples, solitário, que tem como hobby colecionar recortes sobre a vida de pessoas famosas. Tudo começa a mudar no dia em que, por acaso, o registro de uma mulher desconhecida cai nas mãos dele e nosso herói decide fazer algo diferente: largar a vida dos famosos e tentar descobrir quem é essa tal mulher de 30 e poucos anos.
Essa aventura o leva por um mundo novo e o transforma num transgressor, vivendo em meio ao caos e tentando, sem muito sucesso, manter as aparências para que ninguém perceba a revolução pelo qual passou.
Saramago trata de burocracia, padrões, frustrações, expectativas, medos e desafios. Mas, volto a dizer, até a última página é preciso - para um leitor que não esteja acostumado com a narrativa deste autor - perseverar (depois não digam que não avisei!!).
Uma curiosidade: no livro Todos os Nomes só há, de fato, um nome: o do Sr José.
Na verdade, o que mais me travou a leitura foi a narrativa extremamente rica em detalhes e, obviamente, desenvolvida no português de Portugal. Mas espero superar essa "resistência" nos próximos livros.
É isso. Certamente poderia escrever mais se não estivesse com tanto sono.
Então, boa noite e boa leitura!!