quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Comer, rezar e amar

O título desse post é, na verdade, o título do livro que acabei de ler. Ao contrário de muitos colegas jornalistas, não tenho preconceito contra os best-sellers. E esse livro, da norte-americana Elizabeth Gilbert, definitivamente, é um (são mais de 4 milhões de exemplares vendidos).
A publicação conta a história da autora, que largou uma vidinha cômoda e mergulhou no mundo em busca de si mesma,de prazeres gastronômicos e espirituais. Para isso, ela dividiu a viagem em três países: Itália, Índia e Indonésia.
Como adoro viajar, e também já larguei tudo pra trás uma vez, me interessei. Se gostei do livro? Mais ou menos.
Pra ser sincera, adorei a parte da Itália, mas demorei uns dois ou três meses pra conseguir passar pela Índia (nossa, como é chata essa parte!!!!!). Fiz um graaaaande esforço pra conseguir ir adiante - parecia que estava lendo um daqueles livros banais de autoajuda - foi terrível! Até que cheguei à Indonésia e consegui concluir a leitura rapidamente, já que a narrativa se tornou interessante de novo.
Na parte da Indonésia, descobri por exemplo que, em Bali, até os seis meses de vida as crianças são consideradas deuses e que não podem de maneira nenhuma ter contato com o chão. Assim que elas completam o sétimo mês, há uma grande cerimônia, um rito de passagem, onde finalmente o bebê pode pisar na terra pela primeira vez e, só a partir daí, se tornará humano, como todos nós. Nesse ritual, um falso bebê, feito com cocos, é colocado no chão momentos antes da criança. Isso é para enganar os demônios, que assim atacam o bebê fictício.
Enfim, o livro não é lá grande coisa, mas tem seu valor.
Hoje comecei a ler "Todos os Nomes", de José Saramago. Assim que acabar, divido minhas impressões com vcs de novo. Até mais

Um comentário:

Drika Ferreira disse...

É verdade Ana, no período da Itália o livro é cheio de informação, ritmo, é fácil ler mais e mais. Na Índia, fica tudo mais lento (honestamente, acho que deve ser pq ficar sentada desde às 4h da madrugada meditando não dá realmente tanto assunto assim). Acredito que deve ser um trecho mais significativo pra quem vive do que pra quem lê.
Já Bali deu um gás com as explicações sobre a cultura. A história dos bebês, dos meninos terem os dentes caninos serrados e de como eles além de receptivos, podem também ser grandes mentirosos.
Mas valeu a pena, eu curti o livro, até pq adoraria ter um ano sabático - esse termo virou a cara da Glória Maria.
Será que ela leu esse livro antes de largar tudo?
Beijao Ana